Comissão
da Verdade decide exumar o corpo do ex-presidente João Goulart
O corpo do ex presidente João Goulart morto em 1976, será exumado, por decisão da
Comissão Nacional da Verdade e do MPF-RS (Ministério Público Federal do Rio
Grande do Sul).
A despeito da versão oficial da morte de Goulart, por ataque cardíaco
durante exílio na Argentina após ser deposto pelo golpe de 1964, a família do
ex-presidente acredita que ele possa ter sido envenenado. O corpo de João Goulart está enterrado no
cemitério de São Borja, no Rio Grande do Sul.
Segundo o neto de João Goulart, Christopher, que encaminhou a
petição à Comissão, reforçando o pedido e a autorização para a exumação do
corpo do ex-presidente, a família está convencida de que Jango foi assassinado
e recebeu garantias da Sedh (Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República) de que já há tecnologia para detectar
traços do veneno mesmo décadas após a morte.
A tese é que o ex-presidente foi envenenado por um agente
argentino sob ordens do ex-delegado Sérgio Fleury e com o conhecimento do
ex-general Orlando Geisel.
Uma cápsula com a substância teria sido colocada entre
medicamentos tomados regularmente por Jango em um hotel em Buenos Aires. Ele
morreu alguns dias depois em sua fazenda em Mercedes, na província de
Corrientes.
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